quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Rede Social de Inserção Profissional dos Despachantes na Área do Trânsito em POA

Apresentação: As informações para a construção da rede social de inserção profissional dos despachantes na área do trânsito foram retiradas de diários de campo e entrevistas não-diretivas (THIOLLANT, 1987) realizadas com informantes principais. Apresento essa rede para pensar o que levou meus interlocutores a entrar na área do trânsito, visto que, a profissão de despachante não era regularizada e não tinha um curso de especialização até 2002, portanto, era uma profissão especifica que dependia de um conhecimento burocrático especifico e que, segundo informantes, foi adquirido no cotidiano da antiga região dos despachantes na Freitas de Castro.
Fundo de Origem: BIEV/LAS/PPGAS/NUPACS-UFRGS
Fonte: Antropologia da memória do trabalho na cidade moderno-contemporânea. CAPES. 2009. Coordenação Dr. Cornelia Eckert.
Autor: Marize Schons. Bolsista de Iniciação Científica PROBIC/FAPERGS, Priscila Farfan Barroso (Orientação), Viviane Vedana (Supervisão).
Data: 3 de outubro de 2010.
Local: Rua Freitas de Castro, Bairro Santana. Porto Alegre-RS
Tags: Rede Social de Trabalho


A hipótese que perpetuou durante toda a realização da rede de inserção dos despachantes no campo profissional do trânsito foi a relação de parentesco associada a uma passagem de saberes e fazeres de pai para filho, e assim por diante. Não necessariamente apenas para a profissão de despachante, mas para a área do trânsito em geral como, por exemplo, emplacamento de carros e prestação de serviço nas novas instituições do DETRAN. Junior que emplaca carros e Patrícia que trabalha no escritório de despachante de sua mãe; são filhos de Marlene e Luiz e inseriram-se no trânsito pelo trabalho dos pais. Assim como Luiz que começou a trabalhar como despachante depois do casamento com Marlene em 1973. Gustavo e Cristiane, filhos de Odir, trabalharam respectivamente no Conselho Estadual dos Despachantes e no Centro de Registro de Automotores Zona Sul. Roger, filho de Robinson, trabalha como vendedor de carros; e Hichard trabalhou com o pai nos anos 90, mas hoje é professor de Educação Física. Portanto, nesses casos analisados, os filhos não assumem uma posição oficial de despachante credenciado, mas dentro de um campo de possibilidade (VELHO, 2007) inserem-se profissionalmente em outras áreas burocráticas ou comerciais do trânsito. Através de uma foto tirada no final dos anos 80, durante uma viagem promovida pelo sindicato com um grupo de despachantes pelo litoral do Rio Grande do Sul, apresento alguns informantes e seus filhos compartilhando uma situação de lazer, relacionando-se fora do ambiente de trabalho e além dos seus respectivos núcleos família.















Referências
ECKERT, Cornelia e ROCHA, Ana Luiza Carvalho. Etnografia de Rua: Estudo de Antropologia Urbana. Rio Grande do Sul. ILUMINURAS, Vol. 4, No 7. 2003.
THIOLLENT. Michel J. M. Crítica Metodológica investigação social e Enquete Operária. Editora Polis. 5ª Edição 1987.
VELHO, Gilberto (org.) Rio de Janeiro: cultura, política e conflito. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed. 2007.

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